Todos os projetos de âmbito agrivoltaico têm modelos contratuais associados e na agricultura o autoconsumo faz todo o sentido, uma vez que esta é um setor que é um grande consumidor de energia.

O potencial do agrivoltaico é vasto e versátil. Desde logo com inúmeras vantagens competitivas na utilização desta tecnologia, que passam pela redução de custos operacionais da exploração; aumento da resiliência das culturas e aumento da produtividade agrícola; redução do consumo de água e redução do consumo energético.

Associada, a montagem de projetos de autoconsumo de energia exponencia a ajuda a uma maior resiliência face a eventos climatéricos extremos que danificam as culturas e acarretam um maior consumo de energia, também nas estufas e nas instalações associadas.

O autoconsumo vai permitir uma autonomização do consumo de energia elétrica e é ainda importante também em relação a eventuais falhas da rede pública de energia, para além de permitir a uma exploração agrícola ter uma fonte de energia mais barata.

E a fonte de energia pode não ser de fonte solar, apesar de esta ser primeira ideia que nos surge. A energia eólica também é uma das modalidades de energia utilizada, principalmente na indústria agroalimentar como fonte de produção de energia verde.

O sistema elétrico permite a mistura destes dois sistemas, que é a hibridização. Um sistema híbrido, que combina a solar e a eólica. A hibridização na agricultura faz todo o sentido, de modo a combinar sol e vento, e dessa forma ter energia verde e autoconsumida.

Aqui, o autoconsumo coletivo é outra das figuras a considerar quando se fala de autoconsumo. Uma vez que não se consome toda a energia que se produz, até porque a atividade agrícola tem forte sazonalidade, pode-se perfeitamente, com uma produção vizinha ao lado, estabelecer uma forma de partilha de energia com esse autoconsumidor vizinho. Com um ou mais.

A relação entre esses autoconsumidores é estabelecida por regulamento interno, que vai fixar os requisitos de entrada, de saída dos membros, como é que se delibera, como é que se partilha, quem paga as tarifas, qual é o destino dos excedentes, etc.