Para ajudar a estabelecer uma solução ‘agrivolatica’ pode ser necessário apoio e incentivo das entidades públicas ou instituições governamentais. Um pouco por todo o mundo há exemplos destes apoios e incentivos a este investimento.
China
A China é o país que mais investiu em sistemas ‘agrivoltaicos’ e tem agora uma capacidade total instalada de superior a 12 GW. Os sistemas ‘agrivoltaicos’ são apoiados por políticas não só da indústria fotovoltaica, mas também do lado agrícola, promovendo a tecnologia fotovoltaica e o desenvolvimento agrícola.
A China utiliza a agricultura voltaica para resolver o problema da pobreza nas áreas rurais do país. A localização de uma instalação ‘agrivoltaica’ é escolhida em função do número de pessoas que vivem abaixo do limite da pobreza, tendo em consideração a exigência de capacidade e as necessidades do projeto. Os projetos ajudam a diversificar os rendimentos das famílias, empregando-as na construção, arrendando as suas propriedades, ou alugando energia que estas geram.
Estados Unidos da América
Os EUA são um dos países com projetos em expansão nos últimos anos. Para atingir as metas do NREL (Laboratório Nacional de Energia Renovável) até 2030, há quase 800.000 hectares disponíveis para atividades ‘agrivoltaicas’.
O financiamento da pesquisa do Departamento de Energia é atribuído a projetos que envolvem aplicações agrícolas e solares, e uso duplo da terra. Por exemplo, no programa de energia renovável e eficiência energética do Colorado, os fundos são reservados para o objetivo principal de “orientação, investigação, assistência técnica, estudos de viabilidade e projetos relacionados com agricultura voltaica.
Japão
O Japão tem um sistema de apoio denominado “partilha solar”, onde o foco principal são instalações em terrenos inferiores a 0,5 ha. O objetivo da “partilha solar” é combater a estagnação dos rendimentos dos agricultores e o rápido envelhecimento da população no campo. Tem também como objetivo dar algum uso a terras abandonadas ou devastadas.
As autoridades estabeleceram diretrizes para a aprovação da “partilha solar” ser elegível para uma tarifa feed in mais elevada. Isto significa que o preço da eletricidade injetada na rede pelo sistema está a ser comprado a um preço superior ao valor de mercado.
Alemanha
Desde 2021 que o ‘agrivoltaico’ faz parte da Lei Alemã de Fontes de Energia Renováveis ou Erneuerbare-Energien-Gesetz (EEG). A EEG concede ao proprietário de um sistema agrivoltaico uma ligação prioritária à rede. O proprietário também tem prioridade na compra da eletricidade gerada e, dependendo da capacidade do sistema, tem acesso a valores de ‘‘prémio de mercado’’ pela venda da energia.